UNEP
18 Feb 2025 Notícia Climate Action

O mundo precisa se unir para construir um planeta mais justo e sustentável - Relatório Anual do PNUMA

Nairóbi, 18 de fevereiro de 2025  – O Relatório Annual do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), divulgado hoje, pede um aumento dramático na ambição e na ação pelo meio ambiente. O Relatório Anual de 2024 detalha os esforços da organização no ano passado para prover ciência e soluções para enfrentar os crescentes desafios ambientais, convocar e apoiar acordos e negociações ambientais multilaterais, alinhar o financiamento com os processos globais e apoiar os Estados-Membros a cumprir os compromissos.

Em 2024, houve uma série de importantes negociações ambientais, incluindo a sexta Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA-6) no Quênia, a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16) na Colômbia, a Conferência do Clima da ONU (COP29) no Azerbaijão, a quinta sessão de negociações sobre um instrumento internacional juridicamente vinculativo sobre poluição plástica na Coreia do Sul e a COP de Desertificação da ONU (COP16) na Arábia Saudita. Embora cada uma dessas reuniões tenha feito avanços significativos em algumas áreas, questões-chave permaneceram sem solução, destacando a necessidade de as nações trabalharem ainda mais juntas – e com mais determinação – para garantir o acordo e a implementação de medidas que aproximem o mundo de um planeta mais sustentável e justo.

No ano passado, os relatórios do PNUMA forneceram a ciência mais recente sobre questões urgentes de preocupação ambiental global. O Relatório Anual sobre a Lacuna de Emissões alertou que as nações devem fechar enormes lacunas de emissões em novas promessas climáticas e tomar medidas imediatas ou poderá perder a meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5°C até 2100. 

O Relatório sobre a Lacuna de Adaptação de 2024 do PNUMA revelou que, embora os fluxos públicos internacionais de financiamento de adaptação para os países em desenvolvimento tenham aumentado em US$ 6 bilhões entre 2021 e 2022, continua a existir uma enorme lacuna entre as necessidades de financiamento de adaptação e o atual financiamento público internacional disponível para adaptação.

Em Gaza, uma avaliação ambiental preliminar  do PNUMA constatou que o conflito causou níveis sem precedentes de poluição, com esgoto, detritos e munições tóxicas contaminando o solo, a água e o ar. O relatório observa que a degradação ambiental corre o risco de danos irreversíveis aos ecossistemas naturais de Gaza.

O PNUMA também está levantando dados cruciais para apoiar nações e empresas na ação sobre as emissões de metano. O Sistema de Alerta e Resposta ao Metano, parte do Observatório Internacional de Emissões de Metano do PNUMA – um sistema de dados de satélite e aprendizado de máquina que identifica grandes vazamentos de metano – entregou mais de 1.000 notificações a governos e empresas nos últimos dois anos. Os alertas levaram à interrupção de grandes vazamentos na Argélia e na Nigéria, impedindo a liberação de gases de efeito estufa equivalentes aos que 1 milhão de carros produziriam ao longo de um ano.  

Até 2024, o PNUMA mobilizou financiamento significativo em cofinanciamento de parceiros, permitindo que os países se concentrem em mobilidade elétrica, eficiência energética, energia renovável e edifícios de baixa emissão. Espera-se que essas iniciativas beneficiem mais de 17 milhões de pessoas e reduzam as emissões de gases de efeito estufa em quase 300 milhões de toneladas, o equivalente a tirar 65 milhões de carros das estradas.

Refletindo sobre o ano passado e olhando para 2025, a diretora-executiva do PNUMA, Inger Andersen, afirmou: "A realidade é que o multilateralismo ambiental às vezes é confuso e às vezes é árduo. Mas mesmo em tempos geopolíticos complexos, a colaboração além das fronteiras e através de nossas diferenças é a única opção para proteger a base da existência da humanidade – o Planeta Terra."

"O PNUMA pede um aumento dramático na ambição e na ação no próximo ano. As nações devem prometer e entregar grandes cortes nas emissões de gases de efeito estufa na próxima rodada de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), prevista para fevereiro de 2025. Devem começar a disponibilizar o financiamento necessário para a adaptação às alterações climáticas e para a ação contra a desertificação e a biodiversidade. E eles devem trabalhar para chegar a um acordo sobre um instrumento forte para acabar com a poluição plástica antes da UNEA-7 em dezembro", acrescentou.

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