- A cada ano, o prêmio Jovens Campeões da Terra é concedido a sete empreendedores com menos de 30 anos com ideias ousadas em prol da sustentabilidade ambiental.
- Na América Latina e Caribe, o vencedor foi Max Hidalgo, do Perú, por desenhar uma tecnologia capaz de capturar água da umidade atmosférica. O carioca Eduardo Ávila estava competindo nessa categoria com o projeto Revolusolar.
- Os sete vencedores, de diferentes regiões do mundo, recebem financiamento inicial, orientação e apoio de comunicação para ampliar seus esforços.
Nairóbi, 15 de dezembro de 2020 - O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) nomeou hoje sete jovens cientistas, engenheiros(as), empreendedores(as) e ativistas de todo o mundo como Jovens Campeões da Terra de 2020.
Com soluções para absorver a água do ar, reciclar o plástico em placas de pavimentação e motivar barcos de pesca a retirarem toneladas de plástico do oceano, estes agentes de mudança mostram como ideias inovadoras, aliadas a ações ambiciosas, podem ajudar a resolver alguns dos maiores desafios ambientais do mundo.
"Globalmente, a juventude está liderando o caminho na demanda por soluções significativas e imediatas para as triplas crises planetárias de mudança climática, perda de biodiversidade e poluição - devemos escutar", afirmou a Diretora Executiva do PNUMA, Inger Andersen. "Ao entrarmos nesta década decisiva, na qual trabalhamos para reduzir emissões e proteger e restaurar ecossistemas, os Jovens Campeões do PNUMA demonstram que todos e todas nós podemos contribuir, começando por onde estamos e com o que temos. Cada ato pela natureza conta, e precisamos de todo o espectro da humanidade para compartilhar esta responsabilidade global e esta profunda oportunidade."
Os sete vencedores do prêmio, todos com 30 anos ou menos, foram selecionados por um júri global de especialistas, após uma competitiva chamada pública. Os Jovens Campeões da Terra de 2020 são:
- África: Nzambi Matee (Quênia, 28), engenheira de materiais e chefe da Gjenge Makers, que produz materiais de construção sustentáveis de baixo custo feitos de resíduos plásticos reciclados e areia.
- Ásia e Pacífico: Xiaoyuan Ren (China, 29) lidera a MyH2O, uma plataforma de dados que testa e registra a qualidade da água subterrânea através de mil vilarejos na China rural por meio de um aplicativo, para que os residentes saibam onde encontrar água limpa. A plataforma também educa as comunidades sobre fontes de contaminação e conecta vilarejos com empresas de água potável.
- Ásia e Pacífico: Vidyut Mohan (Índia, 29 anos) co-fundou a Takachar, que constrói equipamentos acessíveis e portáteis de processamento de biomassa, permitindo que agricultores obtenham renda extra e evitem a queima a céu aberto, convertendo os resíduos das colheitas em combustíveis, fertilizantes e carvão ativado.
- Europa: Lefteris Arapakis (Grécia, 26 anos) fundou a start-up Enaleia, que treina, capacita e incentiva a comunidade pesqueira local a coletar plástico do mar, permitindo tanto a recuperação dos estoques pesqueiros quanto do ecossistema. A Enaleia também está prototipando a reciclagem do plástico em mercadorias de moda, como meias e trajes de banho.
- América Latina e Caribe: Max Hidalgo Quinto (Peru, 30) fundou a Yawa, construindo turbinas eólicas portáteis que colhem até 300 litros de água por dia da umidade atmosférica e da névoa.
- América do Norte: Niria Alicia Garcia (EUA, 28), coordena, junto com uma comunidade de ativistas indígenas, o evento anual Run 4 Salmon, utilizando a realidade virtual para dar vida à jornada histórica do salmão chinook de Sacramento ao longo da maior bacia hidrográfica da Califórnia, aumentando a sensibilização sobre este ecossistema inestimável, as espécies e as pessoas que ele sustenta.
- Ásia Ocidental: Fatemah Alzelzela (Kuwait, 24) iniciou a Eco Star, uma iniciativa de reciclagem sem fins lucrativos que troca árvores e plantas por resíduos de casas, escolas e empresas no Kuwait. Desde seu lançamento no início de 2019, a Eco Star reciclou mais de 130 toneladas de metal, papel e plástico.
Os holofotes sobre os Jovens Campeões da Terra deste ano vêm logo após o anúncio dos seis Campeões da Terra 2020, a maior homenagem ambiental da ONU, concedida a experientes lideranças ambientais cujas ações estão tendo um impacto transformador sobre o meio ambiente.
Ao ampliar as notícias sobre o trabalho significativo que está sendo realizado nas linhas de frente da proteção ambiental, o prêmio Jovens Campeões da Terra - parte da campanha #PelaNatureza do PNUMA - visa inspirar e motivar mais jovens a agir pela natureza, à medida que nos aproximamos cada vez mais da Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas (2021-2030), da Conferência da ONU sobre Biodiversidade (COP 15) em Kunming, em maio de 2021, e da Conferência da ONU sobre Mudança Climática (COP26), em Glasgow, em novembro de 2021.
NOTAS AOS EDITORES
Sobre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)
O PNUMA é a principal voz mundial em questões ambientais. Proporciona liderança e incentiva parcerias no cuidado com o meio ambiente, inspirando, informando e capacitando nações e povos a melhorar sua qualidade de vida sem comprometer a das gerações futuras.
Sobre os Jovens Campeões da Terra
O Prêmio Jovens Campeões da Terra é a principal iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) para engajar a juventude no enfrentamento dos desafios ambientais mais urgentes do mundo. Sete vencedores foram anunciados em dezembro de 2020. Todos e todas recebem financiamento e orientação para apoiar seu projeto. Desde a criação, em 2017, 28 pioneiros e pioneiras ambientais de todos os cantos do mundo foram reconhecidos.