Eu saúdo a Declaração Ministerial do Grupo de Trabalho de Sustentabilidade Ambiental e Climática do G20. Essa declaração reconhece a responsabilidade do G20 pela maior parte das emissões de gases de efeito estufa, uso de recursos e geração de resíduos e reafirma o compromisso do G20 em fazer algo a respeito dos desafios ambientais resultantes.
É encorajador ver um compromisso específico para impulsionar a ação na próxima reunião das Convenções do Rio sobre mudança climática, biodiversidade e terra. É encorajador ver um compromisso de envolvimento total com a rodada final de negociações sobre um instrumento para acabar com a poluição plástica, que acontecerá em novembro deste ano na República da Coreia.
E é animador ver compromissos específicos em torno da agenda do G20 do Brasil, que abrange a adaptação às mudanças climáticas, oceanos, pagamento por serviços ecossistêmicos, resíduos e economia circular.
Eu os elogio, Ministros do Meio Ambiente e do Clima do G20, por sua liderança e visão, especialmente sob a presidência do Brasil.
A chave agora - assim como para cada nação, cada empresa e cada investidor - é assumir esses compromissos e transformá-los em ações rápidas e concretas. Porque o relógio está correndo cada vez mais rápido para 2030, o ponto em que o mundo deve atingir metas vitais em toda as crises ambientais de mudança climática, perda de natureza e terra, poluição e resíduos. E o ponto em que se espera que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável sejam cumpridos.
Portanto, as nações do G20 devem aumentar drasticamente o financiamento e o investimento em soluções sustentáveis. Descarbonizar suas economias em um ritmo muito mais rápido. Proteger e restaurar suas terras e natureza, inclusive trabalhando com povos indígenas. Combater a poluição do ar, da terra e da água, começando por ajudar a criar um instrumento forte para acabar com a poluição plástica.
O mundo não será consertado de um dia para o outro, portanto, o G20 deve se afastar dos ciclos independentes e garantir um planejamento plurianual sobre meio ambiente e sustentabilidade climática para criar uma continuidade ainda mais forte entre as presidências e garantir que o meio ambiente também seja levado a todos os grupos de trabalho. Uma abordagem de “toda a sociedade” precisa ser refletida por uma abordagem de “todo o G20” em relação ao meio ambiente.
Meus agradecimentos ao Brasil por sua liderança neste ciclo. O PNUMA espera trabalhar com a África do Sul ao assumir a presidência do G20.