O Dia Mundial de Zonas Úmidas marca a data da adoção da Convenção sobre Zonas Úmidas no dia 2 de fevereiro de 1971 na cidade iraniana de Ramsar, às margens do Mar Cáspio.
O tema do Dia Mundial de Zonas Úmidas de 2020 é uma oportunidade para destacar a biodiversidade das zonas úmidas, seu status, porque é importante e promover ações para reverter sua perda.
De acordo com a Convenção de Ramsar, “zonas úmidas são áreas de pântano, feno, turfeiras ou água, naturais ou artificiais, permanentes ou temporárias, com água estática ou corrente, fresca, salobra ou salgada, incluindo áreas de água marinha com profundidade, na maré baixa, que não exceda seis metros”. Lagoas ou viveiros de peixes, arrozais, lagoas de despoluição e estabilização e salinas são áreas úmidas criadas pelo ser humano.
As zonas úmidas são vitais para os seres humanos, para outros ecossistemas e para o nosso clima. Elas fornecem serviços essenciais ao ecossistema, como a regulação da água, incluindo o controle de inundações e a purificação da água. A biodiversidade das zonas úmidas é importante para a nossa saúde, nosso suprimento de alimentos, o turismo e empregos. As zonas úmidas também absorvem dióxido de carbono, ajudando a retardar o aquecimento global e a reduzir a poluição, por isso são frequentemente chamadas de "rins da terra".
Embora cubram apenas cerca de 6% da superfície terrestre da Terra, 40% de todas as espécies de plantas e animais vivem ou se reproduzem em áreas úmidas. O preocupante é que elas estão desaparecendo três vezes mais rápido que as florestas devido às atividades humanas e ao aquecimento global.
“As zonas úmidas são habitats multifuncionais fantásticos e valiosos - nutrem uma grande diversidade de vida, fornecem água e outros recursos, protegem-nos de inundações e agem como filtros gigantes da poluição”, diz Corli Pretorius, Vice-Diretor do Centro de Conseravção Mundial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). "A perda de áreas úmidas devido à pressão do desenvolvimento foi enorme, mas esses ecossistemas podem ser restaurados para gerar benefícios para as pessoas e para a natureza."
As zonas úmidas formam uma parte importante da natureza. Mas a natureza está declinando globalmente a taxas sem precedentes na história da humanidade. A taxa de extinções de espécies está se acelerando, com graves impactos sobre as pessoas em todo o mundo, segundo um relatório histórico da Plataforma Intergovernamental de Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços de Ecossistemas.
https://unenvironment.s3.us-east-2.amazonaws.com/s3fs-public/inline-images/Wetlands_3_Purple_Heron%…">“A Década das Nações Unidas para a Restauração de Ecossistemas de 2021 a 2030 ajudará a impulsionar a conservação e a restauração de ecossistemas terrestres e marinhos, assim como de áreas úmidas”, diz Musonda Mumba, Especialista em ecossistemas terrestres do PNUMA e Chefe da Parceria Global pela Restauração de Florestas e Paisagens.
A Terceira Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente aprovou uma resolução abrangente e inovadora sobre a proteção e restauração de ecossistemas aquáticos. Com ela, os Estados-membros inauguraram a Estrutura do PNUMA para Gerenciamento de Ecossistemas de Água Doce, que apoia os países no gerenciamento sustentável de ecossistemas de água doce. Assim, apoia objetivos nacionais e internacionais relacionados aos ecossistemas de água doce, como alguns Objetivos de Biodiversidade de Aichi e o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6, Meta 6.6, que abrange áreas úmidas.
O tema da próxima Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA 5), o mais alto órgão de tomada de decisões sobre o meio ambiente do mundo, previsto para fevereiro de 2021, é Fortalecer ações para que a natureza atinja os ODS.
As áreas úmidas também são importantes como áreas de alimentação e criação de aves migratórias. A 13ª reunião da Conferência das Partes da Convenção sobre Conservação de Espécies Migratórias de Animais Silvestres (CMS COP13) será realizada em Gandhinagar, Índia, de 15 a 22 de fevereiro de 2020, com o tema: “Espécies migratórias conectam o planeta e juntos, às saudamos de volta”.
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