Marcos ambientais: Linha do tempo dos 75 anos da ONU
United Nations
Em reconhecimento ao aniversário de 75 anos das Nações Unidas, o Programa da ONU para o Meio Ambiente compilou uma série de marcos ambientais no decorrer da história da organização. Desde 1972, o PNUMA é a principal voz global na liderança e defesa de questões ambientais. Nosso objetivo é inspirar, informar e permitir que nações e povos melhorem sua qualidade de vida sem comprometer a das gerações futuras.
2019
A Assembleia Geral das Nações Unidas declara 2021-2030 como a Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas, que visa aumentar a restauração de ecossistemas degradados e destruídos como uma medida comprovada para combater a crise climática e aumentar a segurança alimentar, o abastecimento de água e a biodiversidade.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, visita o Pacífico Sul para colocar em evidência a questão das mudanças climáticas antes da Cúpula de Ação Climática em Nova York. Além de Tuvalu, a viagem o levou à Nova Zelândia, Fiji e Vanuatu. Em cada país, o Secretário-Geral se reuniu com líderes governamentais, representantes da sociedade civil e grupos de jovens, para ouvir as pessoas já afetadas pelas mudanças climáticas e que também estão engajadas com sucesso em ações climáticas significativas.
Cúpula de Ação Climática 2019. A Cúpula foi convocada pelo Secretário-Geral da ONU, António Guterres, e teve como objetivo apresentar novos caminhos e ações práticas para mudar a resposta global para uma marcha mais alta no enfrentamento das alterações climáticas, bem como para impulsionar a ambição e acelerar a ação para cumprir os objetivos do Paris Acordo.
2017
A Convenção de Minamata sobre Mercúrio entra em vigor com o objetivo de proteger a saúde humana e o meio ambiente das emissões antropogênicas e liberações de compostos de mercúrio. A Convenção contém disposições relacionadas ao ciclo de vida do mercúrio, incluindo controles e reduções em uma variedade de produtos, processos e indústrias nos quais o mercúrio é usado, liberado ou emitido.
O PNUMA lança a campanha Mares Limpos para engajar governos, público em geral e o setor privado na luta contra o lixo marinho.
O PNUMA lança o prêmio Jovens Campeões da Terra para celebrar e apoiar indivíduos com idade entre 18 e 30 anos com um potencial excepcional para criar um impacto ambiental positivo.
2016
Em resposta à crise global do tráfico de animais, o PNUMA lança o Selvagem pela Vida, uma campanha para proteger espécies selvagens ameaçadas de extinção. A campanha convida para a reflexão e incentiva mudanças de comportamento para prevenir a caça predatória e o comércio ilegal, além de reduzir a demanda por animais selvagens e produtos derivados deles.
PNUMA parceiros lançam a campanha BreatheLife para difunfir informações sobre os impactos da poluição do ar e soluções. Trabalha com cidades e países em um esforço global para melhorar a qualidade do ar e garantir um planeta próspero, convidando à reflexão global sobre a importância da qualidade do ar para a saúde, clima, ecossistemas e desenvolvimento econômico
2015
A Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável conduz à adoção dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável como parte de uma nova agenda global de desenvolvimento sustentável, com diferentes objetivos e metas com foco no meio ambiente, incluindo vida na água, vida terrestre, ação contra a mudança global do clima, água potável e saneamento, e energia acessível e limpa.
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas leva a um acordo climático histórico. Em uma reunião em Paris, 195 países adotaram o primeiro acordo climático global universal e juridicamente vinculante.
2014
A Cúpula do Clima de 2014 foi realizada na Sede da ONU em Nova York. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, convidou lideranças de governos, setor privado e sociedade civil a se unirem para tomar medidas concretas por mundo com baixa emissão de carbono.
2014
A camada de ozônio mostra sinais de recuperação. Quando a primeira Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente se reúne, surgem evidências de que a camada de ozônio está se curando graças ao Protocolo de Montreal, enfatizando o poder da ação coletiva.
2012
A Assembleia Geral das Nações Unidas estabelece a adesão universal ao Conselho Adminstrativo do PNUMA, inaugurando uma nova era de governança ambiental internacional fortalecida durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, também conhecida como RIO+20.
Os Estados Membros do PNUMA lançam a Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES, da sigla em inglês) para fornecer aos formuladores de políticas públicas informações confiáveis, independentes e fidedignas sobre a situação da biodiversidade em resposta às preocupações sobre a falta de informações políticas relevantes para enfrentar as ameaças.
2010
Ministros do meio ambiente e chefes de delegações adotam a Declaração de Nusa Dua na décima primeira sessão especial do Fórum Ministerial Global sobre Meio Ambiente do PNUMA em Bali, Indonésia. A declaração ressalta a importância da biodiversidade, a necessidade urgente de combater as mudanças climáticas e as vantagens de avançar para uma “economia verde”.
O PNUMA lança o primeiro Relatório sobre a Lacuna de Emissões, uma avaliação com base científica da lacuna entre as promessas dos países sobre as emissões de gases de efeito estufa e as reduções necessárias para proporcionar um aumento da temperatura global abaixo de 2˚C até o final deste século.
2009
O secretário-geral Ban Ki-moon visita a borda de gelo polar para testemunhar em primeira mão o impacto das mudanças climáticas nos icebergs e geleiras. A visita fez parte da campanha do Chefe da ONU instando os Estados Membros a "selar o acordo" sobre um acordo justo, equilibrado e eficaz na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática em Copenhague, em dezembro de 2009.
A Conferência sobre Mudança do Clima de Copenhague elevou a política de mudança climática ao mais alto nível político. Cerca de 115 líderes de vários países participaram do segmento de alto nível, tornando-o um dos maiores encontros de lideranças mundiais já realizado fora da sede da ONU em Nova York. Os países participantes da Conferência concordaram em 'tomar nota' de um documento intitulado Acordo de Copenhague. Isso incluía a meta de longo prazo de limitar o aumento da temperatura média global máxima a não mais do que 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.
Estados Membros lançam o programa UN-REDD. Desde então, ele estimulou 14 iniciativas nacionais de combate ao desmatamento, degradação florestal e mudanças climáticas.
O PNUMA se torna uma organização neutra para o clima, anunciando seu objetivo de reduzir as emissões em 3% a cada ano e comprar créditos de carbono para compensar as emissões restantes.
2007
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas é agraciado com o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços para construir e disseminar conhecimento sobre as mudanças climáticas causadas pelo ser humano e estabelecer as bases para as medidas que são necessárias para neutralizar essas mudanças.
O PNUMA lança o Campeões da Terra, principal prêmio ambiental global das Nações Unidas. O objetivo é homenagear personalidades dos setores público e privado e da sociedade civil cujas ações tenham um impacto transformador e positivo no meio ambiente.
2002
A Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável acontece em Joanesburgo, com foco em melhorar a vida das pessoas e conservar recursos naturais em um mundo que está crescendo em população.
2001
Os Estados-Membros das Nações Unidas adotam a Convenção de Estocolmo. A Convenção, que inclui 176 partes, visa proteger a saúde humana e o meio ambiente dos produtos químicos que persistem por longos períodos no meio ambiente.
2000
103 países assinam o Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança, um suplemento à Convenção sobre Diversidade Biológica. O acordo internacional visa garantir o manuseio, transporte e uso seguro de organismos que foram modificados por biotecnologia moderna. O Protocolo visa ainda prevenir efeitos adversos sobre a diversidade biológica e riscos para a saúde humana.
A Declaração do Milênio descreve os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, incluindo a sustentabilidade ambiental. O Objetivo de Desenvolvimento do Milênio 7 estabelece metas ambientais específicas, incluindo combate à perda de biodiversidade, cobertura florestal e acesso a água potável.
1999
Estados-Membros das Nações Unidas adotam o Pacto Global das Nações Unidas. Com mais de 8.500 signatários de 135 países, a iniciativa visa incentivar empresas em todo o mundo a adotar políticas sustentáveis e socialmente responsáveis e a relatar a sua implementação.
1998
As Nações Unidas lançam a Convenção de Roterdã para promover responsabilidades compartilhadas em relação à importação de pesticidas e produtos químicos perigosos.
1997
A Assembleia Geral convoca uma Sessão Especial sobre meio ambiente. Conhecido como Earth Summit +5, seu objetivo é acelerar a implementação da Agenda 21 e lançar uma nova parceria global para o desenvolvimento sustentável.
O PNUMA apresenta a primeira publicação do Global Environment Outlook (GEO). A série prioriza a reflexão sobre as perspectivas e realidades regionais e relata a situação do meio ambiente global.
1996
A Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação entra em vigor. A Convenção, que tem 195 partes, é o único acordo internacional juridicamente vinculante que liga o meio ambiente e o desenvolvimento à gestão sustentável da terra.
1992
Em uma vitória para a pesquisa de ecossistema, as partes concordam com a Convenção sobre a Proteção e Utilização dos Cursos de Água Transfronteiriços e dos Lagos Internacionais, também conhecida como Convenção da Água, em 17 de março.
A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida como Cúpula da Terra, acontece no Rio de Janeiro, de 3 a 14 de junho. Vários acordos ambientais importantes são estabelecidos, incluindo a Agenda 21, além da abertura de dois tratados multilaterais para assinatura: a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima e a Convenção sobre Diversidade Biológica.
1991
Os Estados-Membros das Nações Unidas estabelecem o Fundo para o Meio Ambiente (GEF, da sigla em inglês). Desde sua criação, o Fundo para o Meio Ambiente forneceu 14,5 bilhões de dólares em doações e mobilizou 75,4 bilhões de dólares em financiamento adicional para cerca de 4 mil projetos ambientais em todo o mundo, incluindo o Brasil.
Em Espoo, Finlândia, a Convenção sobre Avaliação dos Impactos Ambientais é estabelecida como uma estrutura essencial para o gerenciamento de questões ambientais internacionais.
1989
183 países adotam a Convenção da Basiléia para regulamentar o movimento e o descarte de resíduos perigosos.
1988
O PNUMA e a Organização Meteorológica Mundial lançam o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas com o objetivo de fornecer informações científicas em todos os níveis aos governos, para que possam ser usadas para desenvolver políticas climáticas.
1987
A Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento entrega o Relatório Brundtland à Assembleia Geral, inaugurando uma nova abordagem para a ação ambiental focada no conceito de desenvolvimento sustentável.
Os governos de Botsuana, Moçambique, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue adotam o Plano de Ação do Rio Zambeze. Cobrindo oito países da África Austral, o plano estabelece um novo padrão para a gestão de recursos hídricos transfronteiriços.
Todos os 197 Estados-Membros das Nações Unidas adotam o Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio. O marco do acordo ambiental multilateral regula a produção e o consumo de cerca de cem produtos químicos feitos pelo ser humano, chamados de substâncias destruidoras da camada de ozônio. O Protocolo é até hoje o único tratado das Nações Unidas a ser ratificado por todos os países do planeta.
1982
O Conselho de Administração do PNUMA adota o primeiro Programa de Montevidéu, estabelecendo prioridades para a legislação ambiental global. Isso leva a acordos importantes – incluindo as convenções de Basileia, Estocolmo e Roterdã e o Protocolo de Montreal – e apoia 120 governos no desenvolvimento de legislações ambientais.
1981
A Assembleia Geral da ONU designa 1980 como a Década Internacional da Água Potável e do Saneamento. A água, antes considerada um recurso abundante, se torna cada vez mais escassa em várias áreas geográficas. Apenas 2,8 % da água da terra é doce. O mundo está de acordo, de forma unânime, sobre a necessidade de economizar e conservar água.
1980
Em parceria com a União Internacional para a Conservação da Natureza e o Fundo Mundial para a Natureza, o PNUMA publica a Estratégia de Conservação Mundial. Este documento marcante define o conceito de desenvolvimento sustentável e molda a agenda global de desenvolvimento sustentável.
1979
Dezessete países concordam em cooperar na pesquisa e apoiar a proteção de 120 espécies migratórias e estabelecer a Convenção sobre Espécies Migratórias de Animais Selvagens (Convenção de Bonn).
A Convenção sobre a Poluição Atmosférica Transfronteiriça a Longa Distância estabelece o primeiro instrumento juridicamente vinculante do mundo para tratar da qualidade do ar regional.
1975
Dezesseis países do Mediterrâneo concordam em promover a gestão integrada da zona costeira e adotar o Plano Mediterrâneo de Ação.
1974
O mundo celebra o primeiro Dia Mundial do Meio Ambiente em 5 de junho, com o tema “Só Uma Terra”.
O PNUMA lança o Programa de Mares Regionais para abordar a degradação acelerada dos oceanos e áreas costeiras do mundo por meio de uma abordagem de “mares compartilhados”.
1973
Em 2 de outubro, o primeiro presidente do Quênia, Jomo Kenyatta, inaugura a sede do PNUMA no Centro de Convenções Internacional Kenyatta, Nairóbi.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) foi criado após a primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano realizada em Estocolmo, Suécia, de 5 a 16 de junho de 1972.
Em um dos primeiros documentos de organização da ação ambiental multilateral, o Secretário-Geral das Nações Unidas apresenta um relatório, Atividades da Organizações das Nações Unidas e Programas Relevantes ao Meio Ambiente Humano. O relatório estabelece as bases para o estabelecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) como a principal autoridade ambiental do mundo.