Sra. Annika Strandhäll, Ministra do Clima e Meio Ambiente da Suécia
Sr. Mosves Abelian, Subsecretário-Geral para Assembleia Geral e Gestão de Conferências
Keriako Tobiko, Secretária de Gabinete, Ministério do Meio Ambiente e Florestas, Quênia
Como Secretária-geral do encontro internacional Estocolmo+50, sinto-me profundamente honrada por me juntar aos co-anfitriões, os governos do Quênia e da Suécia, ao levantarmos a bandeira da ONU hoje.
Há cinquenta anos, a Conferência de Estocolmo de 1972 sobre o Meio Ambiente Humano colocou o meio ambiente no mapa global. A conferência marcou o início de diálogos entre países sobre bem-estar humano, desenvolvimento, redução da pobreza e proteção ambiental. A conferência estimulou a ação ambiental em quase todos os países do mundo. E a conferência anunciou o nascimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a agência que tenho tanto orgulho de liderar e que serve como a consciência ambiental do mundo.
Fomos longe desde Estocolmo. Muita coisa mudou. Muita coisa melhorou. Mas estamos aqui porque sabemos que o trabalho está longe de estar completo. Vivemos uma época de desafios sem precedentes. Nosso planeta sofre os impactos de uma tripla crise – climática, de perda de biodiversidade, e de poluição e resíduos. E a cada golpe que sofremos, os ganhos de desenvolvimento são apagados, impactando os mais pobres e vulneráveis entre nós.
Estocolmo+50 é uma oportunidade crítica para as lideranças aproveitarem 50 anos de ação multilateral a fim de alcançar a ação ousada e urgente necessária para garantir um futuro melhor em um planeta saudável. É de fato apropriado que este encontro seja organizado pela Suécia e pelo Quênia, que há muito são pioneiros do multilateralismo ambiental. Em 1969, em meio a crescentes pedidos de maior cooperação ambiental entre as nações, a Suécia levantou a mão oferecendo-se para sediar uma conferência global sobre o meio ambiente humano. Em 1972, o Quênia levantou a mão oferecendo um lar para o recém-criado Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Ao fazê-lo, vimos o estabelecimento da primeira sede das Nações Unidas no sul global, um distintivo que nós do PNUMA usamos com honra há 50 anos.
Enquanto estamos aqui orgulhosos de ver a bandeira azul da ONU sendo levantada, lembremo-nos de que a bandeira azul da ONU representa a paz, a segurança, os direitos humanos e a dignidade de todos e todas; pela liberdade; e para o desenvolvimento. Todos esses princípios estão alicerçados em um meio ambiente saudável. Estocolmo+50 deve nos oferecer novas maneiras de acelerar as transformações que são críticas para alcançar um meio ambiente ecologicamente equilibrado e acelerar o alcance dos ODS. Por meio de sua arquitetura aberta, esta conferência e o mundo que construímos além dela devem mostrar que todos e todas têm voz e um papel a desempenhar. Então, agradeço o seu empenho em alcançar esta visão. E estou ansiosa pelos próximos dois dias!