Desde que ganhou o prêmio de Jovem Campeã da Terra de 2019 para a América Latina e o Caribe, a fundadora do Aqualuz, Anna Luisa Beserra, tem trabalhado duro para salvar vidas.
Sua criatividade continua oferecendo a comunidades rurais do Brasil acesso a água potável. Sua vida mudou radicalmente desde que ganhou o prêmio em setembro.
"Desde que recebi o prêmio, a visibilidade do Aqualuz aumentou extraordinariamente", explica ela.
“Antes do prêmio, era difícil convencer as pessoas de que o Aqualuz realmente funcionava e que seria uma tecnologia útil para esta região. Após o prêmio, nos tornamos renomados, não só no Brasil, mas também no Japão, na Índia e na Coreia, à medida que mais pessoas nos perguntavam sobre a tecnologia e queriam comprá-la.”
“Foi fantástico, não apenas para o projeto, mas também para toda a startup e a equipe. Tem sido muito gratificante motivá-los a seguir trabalhando no nosso propósito de disponibilizar água para todos”, disse Anna.
Beserra acredita que as pessoas estão se tornando mais conscientes dos desafios ambientais do Brasil, incluindo o desmatamento na Amazônia e os derramamentos de óleo nos mares. Ela recebeu muitas perguntas sobre o que o Brasil fará para enfrentar esses problemas.
“Recebi inúmeros convites para palestrar em vários eventos no Brasil. Como cientista e empreendedora social, recebi um reconhecimento maior no campo da inovação social. Fico feliz em ver que os frutos do meu trabalho finalmente estão sendo reconhecidos e gerando um impacto positivo.”
“No próximo ano, já temos uma programação completa para propagar a nossa tecnologia. Estamos planejando expandir para a África no próximo ano, resultado dos contatos que conseguimos atrair após a premiação.”
Beserra, que é biotecnóloga por profissão, afirma que tem visto jovens se inspirarem por seu sucesso como Jovem Campeã. Alguns recém-formados do ensino médio já lhe disseram que querem seguir a mesma carreira.
Além disso, mais instituições desejam realizar parcerias com ela para incrementar a tecnologia do Aqualuz e implementá-la, o que ela considera um marco importante para seu projeto.
“Estávamos em fase de negociação inicial com uma empresa, mas depois do prêmio, e depois de ganharmos toda essa visibilidade, eles avançaram rapidamente conosco. Com esta empresa, estamos implementando 200 unidades do Aqualuz em uma comunidade rural no noroeste do Brasil. Outras empresas querem fazer o mesmo. Eles estão entrando em contato comigo para ajudar em projetos de responsabilidade social corporativa com o Aqualuz.”
Ao ganhar visibilidade, credibilidade e recursos para projetos sociais, Beserra incentiva outros jovens a se inscreverem no prêmio Jovens Campeões da Terra.
“O prêmio combina experiências únicas com reconhecimento, fundos e orientação. Não tenho o que dizer para melhorá-lo. Foi melhor do que eu esperava”, disse ela.
Como Jovem Campeã da Terra, a experiência mais memorável de Beserra tem sido a implementação do Aqualuz em todo o país. “O que mais me motiva é ver as famílias recebendo o Aqualuz e me dizendo que me viram na televisão e nunca pensaram que a tecnologia estaria em suas casas”, diz ela.
No futuro, sua visão é que todos os países e continentes possam receber a tecnologia do Aqualuz. Ela continuará desenvolvendo a tecnologia para poder torná-la mais acessível e mais útil.
“Vejo a água potável como uma maneira primordial de mudar vidas, não apenas pelo acesso à água potável segura, mas também por um melhor saneamento. Com diferentes tecnologias como essas, podemos assistir a mais pessoas e gerar impacto, por vidas e ambientes mais saudáveis”, disse ela.
Durante todo esse processo, Beserra ficou inspirada com a possibilidade de jovens líderes participarem mais da tomada de decisões ambientais.
“Com essa visibilidade, os jovens podem ter mais influência, por exemplo, conscientizando pessoas sobre o que precisam fazer para ajudar a combater as mudanças climáticas. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável também devem ser incorporados aos currículos escolares, aumentando assim a visibilidade desses objetivos”, afirmou.
Lis Mullin Bernhardt, Especialista em Água Doce do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, disse: "Estamos muito felizes em saber da atenção redobrada que esse prêmio trouxe à Anna Luisa Beserra”.
“Isso apoia a crescente conscientização sobre o acesso a água potável e saneamento nas áreas rurais de seu país natal, o Brasil, e em outras regiões do mundo. Seu trabalho também destaca a demanda global por soluções inovadoras baseadas na natureza como a dela.”
Você tem o que é preciso para ser um Jovem Campeão da Terra? As inscrições serão abertas no início de 2020. Ao enviar sua inscrição, você se torna parte da nossa comunidade de agentes de mudança - participe e faça parte da conversa sobre mudança ambiental.
O Prêmio Jovens Campeões da Terra, desenvolvido pela Covestro, é a iniciativa principal do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente para engajar os jovens nos desafios ambientais mais prementes do mundo.
